MEMOH
Diante de mim, a vastidão incomensurável das coisas. O inesgotável poder da escolha, tão sutil e paralisante que me fez, por diversas vezes, voltar o olhar para trás. Porque alcancei um ponto onde nada mais faz real diferença, as primeiras e inconsequentes causas já não me tocam e entre o que sou e o que ainda posso ser há toda uma existência que transborda e pulsa, aspirando por movimento, por ação, por vida.
Assim sendo, nado e não me importo de ser água, caminho e não percebo que sou estrada. Norte ou sul, leste, oeste, é o de menos, vou onde minha vontade me leva, sou o que quiser e quando quiser. Me mapeiam, mas é um esforço vão.